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Representantes políticos de Goiás e Mato Grosso reunidos com Secretário de Meio Ambiente |
Mais um passo foi dado em direção a construção da Usina Hidrelétrica de Couto Magalhães. Representantes políticos de Santa Rita do Araguaia – GO e Alto Araguaia – MT foram recepcionados na última semana pelo Secretário de Meio Ambiente do Estado de Goiás, Leonardo de Moura Vilela.
Dentre os participantes, e consequentemente maiores interessados no assunto, estavam o Prefeito de Santa Rita, Carlos Salgueiro e a Vice-Prefeita de Alto Araguaia, Zaida Maria David de Rezende.
A pauta da reunião, realizada no Palácio Pedro Ludovico, em Goiânia, foi a construção da Usina Couto Magalhães, assunto que interessa tanto ao Estado de Goiás quanto a Mato Grosso, pois a construção da Hidrelétrica, se concretizada, será no Rio Araguaia, limite entre os dois estados, gerando benefícios de arrecadação para os dois municípios.
O Secretário Leonardo Vilela demonstrou-se favorável a construção da usina e enfatizou o apoio da Secretaria do Meio Ambiente, priorizando o processo, tornado o aproveitamento energético de Couto Magalhães uma possibilidade breve.
No fim do ano de 2010 o Governo Municipal de Santa Rita do Araguaia conquistou no Palácio das Esmeraldas o apoio do atual Governador do Estado, Marconi Perillo, que incentiva o Aproveitamento Hidrelétrico de Couto Maagalhães.
Entenda Couto Magalhães
O projeto original tem suas origens em meados de 1963, quando o então Governador de Goiás, Mauro Borges, criou a CIVAT - Comissão Interestadual dos Vales do Araguaia e Tocantins, com a finalidade de estudar o aproveitamento energético daqueles rios. No ano seguinte, após o golpe de estado, Borges foi cassado, a CIVAT extinta, e o sonho da usina perdeu um de seus maiores defensores.
Em 1976, por iniciativa do Estado de Mato Grosso, a Eletronorte projetou a barragem de Couto Magalhães, planejada para ser a primeira de três hidrelétricas no complexo Alto e Médio Araguaia - Barra do Peixe e Torixoréu seriam as outras. Quando saiu do governo, Garcia Neto, então governador do estado, deixou US$ 200 milhões alocados para a construção da Couto Magalhães. Infelizmente, por razões desconhecidas e inexplicáveis, Mato Grosso acabou perdendo esses recursos.
Para atender às determinações do IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o consórcio responsável pela obra desenvolveu uma revisão do projeto, compatibilizando aspectos ambientais e técnicos. O projeto atual prevê um reservatório cinco vezes menor que o anterior.
O que muda para os dois municípios
O projeto prevê a construção de uma barragem sobre o rio Araguaia, com 918 metros de extensão, 500 metros acima da Cachoeira Couto de Magalhães e deverá ocupar uma área 9,11 quilômetros quadrados na zona rural. A previsão de investimentos é de R$ 245 milhões, com a geração de 800 empregos diretos e produção de 150 megawatts.
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Cachoeira de Couto Magalhães |
Prevista para ser concluída em cinco anos a o Aproveitamento Hidrelétrico de Couto Magalhães já passou por duas audiências públicas em 2010, realizadas pelo IBAMA, nos dois municípios, onde foi esclarecida a população aspectos como impacto ambiental, produção de energia, geração de empregos e renda, investimentos públicos dentre outros.
Nos últimos anos muito se falou em “Usina Couto Magalhães”, mas o fato é que a população ainda não sabe ao certo se a obra será ou não uma realidade. Enquanto alguns defendem a instalação hidrelétrica no Alto Rio Araguaia a todo custo outros repudiam a obra, julgando-a devastadora. Não fecho nem com uma parte nem com a outra. Acredito que a análise dos benefícios verídicos a população e ao Estado somada a perícia minuciosa dos impactos ambientais trarão a solução adequada.
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