segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Diamante de Sangue


O filme Diamante de sangue (Blood Diamond) tem como cenário Serra Leoa, no final da década de 90 ao meio de sua guerra civil. Seu contexto é voltado à grave problemática do contrabando de diamantes na África, muitas vezes feito pelos próprios africanos participantes de frentes revolucionárias, que usam o lucro para a obtenção de armas a fim de derrubar os governos opressores.
Edward Zwick, que dirige Diamante de Sangue, é um diretor bem conceituado, já conduziu os tão aplaudidos O Último Samurai e Tempo de Glória e mais recentemente Nova Yorke Sitiada, que não chegou a ser um sucesso de bilheteria, agora, com este longa que trata de um assunto merecedor de atenção, não está na lista dos piores nem dos melhores, mas nem por isso deixa de ser indicado, além de ser um filme muito correto, tem um roteiro interessante e atores que brilharam na interpretação.
O desenrolar do filme se da a partir do momento em que Solomon Vandy, vivido pelo ator Djimon Hounsou, encontra um grande diamante rosa, que são os mais valiosos do mundo e Danny Archer interpretado por Leonardo DiCaprio, ouve sobre o ocorrido na prisão e tenta a qualquer custo aproximar-se de Solomon para ter em mãos o diamante jurando em troca ajudar a encontrar sua família que fora separada pelas frentes revolucionárias.
O roteiro trás ainda a atriz Jennifer Connelly que vive a jornalista americana Maddy Bowen, que busca desvendar a verdade por trás dos diamantes de sangue. O encontro de Maddy e Danny tem um tom de romance, que não se desenrola e serve apenas para temperar o filme.
O longa tem muitas coincidências, deixando-o um pouco pobre e previsível. Outra falha é a não preocupação em mostrar os porquês da guerra, tocando em assuntos tão relevantes como o exército de crianças de forma muito pouco profunda. Seu foco sendo a extração e comercialização dos diamantes de forma ilegal, tenta demonstrar uma atitude consciente, mas deixa a desejar na temática política. Os dois aspectos que se destacam na obra são as cenas de ação, que se mostram bem construídas, com imagens intensas e efeitos de desorientação aparentando uma filmagem imediatista de um real conflito, e o próprio cunho político, que tenta direcionar os olhares do mundo para os povos africanos.
Chaini Rosso

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